A pontuação tem a difícil missão de marcar na escrita as características próprias da oralidade e estabelecer as relações entre as palavras e as expressões. O emprego da pontuação pode alterar significativamente a interpretação de um texto. Veja essa brincadeira.
Um homem, muito rico, em seu leito de morte resolve deixar orientações para a divisão de sua fortuna e escreve assim:
“Deixo os meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres.”
E agora, quem herdou sua fortuna? O sobrinho, a irmã, o alfaiate ou os pobres? Dependendo da pontuação, veja as quatro possibilidades.
“Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.” (sobrinho).
“Deixo os meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.” (irmã).
“Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.” (Alfaiate).
“Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada. Aos pobres.” (Pobres).
Professora Carmem Sueli
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